quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Dor.

Estava totalmente escuro, ela não sabia ao certo onde estava...
Seus olhos mal conseguiam ficar abertos, um peso enorme nas suas pálpebras.
Seu corpo estava pesado, exausto. Mas como assim? Ela não havia feito nada,
nem ânimo pra isso ela tinha. O que havia de errado? Ela se perguntava.
Não havia mais ninguém ali. Quando ela finalmente conseguiu abrir os olhos,
havia uma luz, vinha da janela. Ela estava deitada, mas o lugar não era estranho.
Logo ela percebeu que estava em seu quarto. Qual era o motivo do silêncio irritante? Da dor de cabeça insuportável? Então, ela se olhou no espelho... Ficou perplexa com a sua imagem que refletia sobre o espelho. Seus cabelos não viam pente há vários dias, seus olhos estavam inchados como nunca estiveram um dia, sua boca estava seca, com leves rachaduras... Ela olhou a sua volta para tentar entender, sua mente estava confusa. Ela não se lembrara de nada. Foi até a janela, o sol fez com que seus olhos enchessem d'agua. Ela fechou rapidamente a cortina. Sentou-se no canto da escrivania, apoiou o queixo nos joelhos e segurou as pernas com toda força. Agora sim, ela se lembrara do que estava acontecendo, lembrara da dor. Dor essa que ela não desejava a ninguém, nem mesmo ao seu pior inimigo. As lágrimas começaram a cair descontroladamente, o coração estava pesado, a mente doía como nunca... Ela adormeceu.

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